São Paulo – A Arábia Saudita anunciou que o Hajj, a tradicional peregrinação de muçulmanos para a cidade sagrada de Meca, começará na próxima quarta-feira, dia 4 de junho, após a observação da lua crescente que marca o começo do mês islâmico de Dhu al-Hijjah, o 12º do calendário islâmico. A informação foi divulgada pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras).
A Fambras explica que a peregrinação é considerada um dos cinco pilares do Islam e é uma das maiores manifestações de fé do mundo, reunindo anualmente milhões de muçulmanos de diferentes países, em uma experiência espiritual única. No ano ado, mais de 1,8 milhão de fiéis participaram do Hajj.
“O Hajj é muito mais do que uma viagem. É um chamado espiritual profundo. É uma oportunidade de renovação da fé, de igualdade entre todos os seres humanos diante de Deus e de busca por perdão e paz interior”, disse o vice-presidente da Fambras, Ali Zoghbi, em material divulgado.
A jornada até Meca é obrigatória para todos os muçulmanos que tenham condições físicas e financeiras de realizá-la ao menos uma vez na vida. A peregrinação inclui uma série de rituais realizados ao longo de cinco dias. Um deles é o tawaf, que significa circundar a Caaba – estrutura de granito com inscrições do Alcorão no coração da Grande Mesquita de Meca – no sentido anti-horário, sete vezes.
O xeque Ali Momade, líder religioso da Fambras, acrescenta que o Hajj é um momento de extrema solidariedade e conexão com milhões de irmãos e irmãs na fé. “É uma experiência transformadora, marcada pela introspecção, devoção e pelo sentimento de pertencimento à comunidade muçulmana global, a Ummah”, detalha. “E o mais importante: de acordo com o profeta Muhammad, quem realiza o Hajj com sinceridade, retorna “livre de pecado” como se tivesse voltado à vida, à pureza do seu nascimento”.
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