São Paulo – O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a inflação do Egito alcançou 13,9% em abril na taxa anualizada, porém há uma tendência de queda nos reajustes em razão de evoluções observadas na economia do país, informou a instituição em um comunicado divulgado na terça-feira (27). Uma delegação do fundo esteve no Cairo para reuniões com autoridades locais entre 6 e 18 de maio.
Os encontros são parte da quinta revisão do Acordo de Mecanismo de Financiamento Ampliado. Após as reuniões, o fundo divulgou comunicado sobre o andamento deste acordo, sob o qual o organismo apoia financeiramente o Egito.
O FMI afirmou que o Egito fez progressos “substanciais” em direção à estabilidade econômica e destacou o avanço do investimento privado no total de aportes realizados no país. Neste período fiscal de 2024/2025, o investimento privado soma 60% do total. No ano fiscal 2023/2024, correspondia a 38,5%.
“A conta corrente permanece ampla, já que o aumento das importações, a redução da produção de hidrocarbonetos e as interrupções no Canal de Suez foram compensados pelo forte turismo, as remessas e as exportações não petrolíferas”, informou o fundo, conforme o comunicado.
A instituição financeira afirmou que os esforços feito pelo Egito para modernizar e agilizar procedimentos burocráticos e aduaneiros começam a apresentar resultados positivos e disse que o país árabe precisa ampliar sua base tributária e racionalizar as isenções fiscais. Indicou que é preciso reduzir o papel do setor público na economia e promover a igualdade de condições a todos os agentes econômicos.
O fundo afirmou ainda que o Egito precisa realizar reformas “profundas” para gerar empregos, liberar o potencial de crescimento do país e aumentar a resiliência da economia a crises.
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